Os puristas, defensores ferrenhos da língua culta, sempre alimentaram grande preconceito contra a língua puta, variante linguística que é estigmatizada apenas por viver na boca do povo e flertar com estrangeirismos, plebeísmos, vulgarismos, vícios e sintaxes espúrias, sendo marcada por toda sorte de “impurezas” das quais a idealizada língua deles estaria livre.
Foi pensando na falta de representação da linguagem puta nas obras de referência que Celso Pluft, o gramático camarada, criou este manual, que traz verbetes sobre as variantes (palavras, palavrões, locuções, construções gramaticais etc.) mais discriminadas e oprimidas pelos setores conservadores e dominantes da sociedade e que carecem da aprovação de gramáticos e até do mero registro de dicionaristas, de tão excluídas que se encontram.
ABC da Língua Puta é o mais novo lançamento da Paródia Editorial.
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